domingo, 20 de junho de 2010

"Amor de língua"

Gosto deste senhor, não é sempre, mas de vez enquando gosto de ler o que ele escreve.

Hoje, diz ele:
"Sou a favor dos beijos com língua. Sou contra os xoxos...
Por isso sou tão contra e só admito o chocho em situações de iminente exposição pública. O caso do carro, não é suficiente exposição. Um homem ao despedir-se da sua mulher, deve no mínimo, dar um pouco da sua língua. E ela também. O amor não pode ser celebrado com um chocho. O amor tem que ter língua. E esta deve ser usada, que é para isso que ela serve.
O problema do amor, é ter deixado a língua cá dentro. De a ter retraído com o passar do tempo. De a ter cativa na sua boca. O amor, esse que nos encosta à parede e nos apressa os compassos cardiovasculares e nos tira a roupa e nos desmancha a cama e nos faz não atender o telefone – porque é que nos ligam sempre a estas horas? – esse amor de que agora falo, que nos faz sentir vontade de chegarmos a casa mais cedo e mandarmos uma sms a dizer que estamos inquietos no trabalho só de pensar que daqui a pouco estaremos juntos – E vamos estar juntos - e telefonar só para ouvir a voz do outro, e mandar uma tosta mista para o emprego dela com um papel a dizer “ Toma, é para ti!” , esse amor ouçam : esse amor, precisa de língua. E por isso mesmo, nunca se poderá celebrar com um chochinho!"
 
by Fernando Alvim em Espero bem que não

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